A dislalia (do grego dys + lalia) é um distúrbio da fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras. Basicamente consiste na má pronúncia das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas, trocando um fonema por outro ou ainda distorcendo-os ordenadamente.
A falha na emissão das palavras pode ainda ocorrer em fonemas ou sílabas. Assim sendo, os sintomas da Dislalia consistem em omissão, substituição ou deformação dos fonemas.
De modo geral, a palavra do dislálico é fluida, embora possa ser até ininteligível, podendo o desenvolvimento da linguagem ser normal ou levemente retardado. Não se observam transtornos no movimento dos músculos que intervêm na articulação e emissão da palavra.
Em muitos casos, a pronúncia das vogais e dos ditongos costuma ser correta, bem como a habilidade para imitar sons. Diante do paciente dislálico costuma-se fazer uma pesquisa das condições físicas dos órgãos necessários à emissão das palavras, verifica-se a mobilidade destes órgãos, ou seja, do palato, lábios e língua, assim como a audição, tanto sua quantidade como sua qualidade auditiva.
As Dislalias constituem um grupo numeroso de perturbações orgânicas ou funcionais da palavra. No primeiro caso, resultam das malformações ou de alterações de inervação da língua, da abóbada palatina e de qualquer outro órgão da fonação. Encontram-se em casos de malformações congênitas, tais como o lábio leporino ou como consequência de traumatismos dos órgãos fonadores. Por outro lado, certas Dislalias são devidas a enfermidades do sistema nervoso central.
Quando não se encontra nenhuma alteração física a que possa ser atribuído a Dislalia, esta é chamada de Dislalia Funcional. Nesses casos, pensa-se em hereditariedade, imitação ou alterações emocionais e, entre essas, nas crianças é comum a Dislalia típica dos hipercinéticos ou hiperativos. Também nos deficientes mentais se observa uma Dislalia, às vezes grave ao ponto da linguagem ser acessível apenas ao grupo familiar.
Até os quatro anos, os erros na linguagem são normais, mas depois dessa fase a criança pode ter problemas se continuar falando errado. A Dislalia, troca de fonemas (sons das letras), pode afetar também a escrita. Um caso clássico característico portador de dislalia são os personagens Cebolinha da Turma da Mônica o Hortelino Troca-Letras (“Elmer Fudd”) do Looney Tunes, que sempre trocam o “R” (inicial e intervocálico) por “L”, no caso de Hortelino, o “R” final também é afetado.
Alguns fonoaudiólogos consideram que a Dislalia não seja um problema de ordem neurológica, mas de ordem funcional. Segundo eles, o som alterado pode se manifestar de diversas formas, havendo distorções, sons muito próximos mas diferentes do real, omissão, ato em que se deixa de pronunciar algum fonema da palavra, transposições na ordem de apresentação dos fonemas (trocar máquina por mánica) e, por fim, acréscimos de sons.
Dificuldade na linguagem oral, que pode interferir no aprendizado da escrita. A criança omite, faz substituições, distorções ou acréscimos de sons. Eis alguns exemplos:
- Omissão: não pronuncia sons – “omei” = “tomei”;
- Substituição: troca alguns sons por outros – “balata” = “barata”;
- Acréscimo: introduz mais um som – “Atelântico” = “Atlântico”.
RECADINHO PARA OS PAIS E PROFESSORES – Repetir somente a palavra correta para que a criança não fixe a forma errada que acabou de pronunciar.
- É importante que o adulto articule bem as palavras, fazendo com que a criança perceba claramente todos os fonemas. – Assim que perceber alterações na fala de um aluno, o professor deve evitar criar constrangimentos em sala de aula ou chamar a atenção para o fato. Uma criança que falta às aulas regularmente por problemas de audição, como otites frequentes, requer maior atenção;
- O ato da fala é um ato motor elaborado e, portanto, os professores devem trocar informações com os educadores esportivos e professores de Educação Física, que normalmente observam o desenvolvimento psicomotor das crianças;
- O ideal é que a criança faça uma avaliação fonoaudiológica antes de iniciar a alfabetização, além de exames auditivos e oftalmológicos.
22 Comentários
Ola! Minha filha troca o TR pelo CR, e também o DR pelo GR. Ela fala certinho o T sem o R junto, o mesmo ocorre com o D. O que pode ser?
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Boa noite .
Tudo bem ?
Eu não sei se o que eu tenho chegar a ser dislalia , tenho 28 anos e tenho muita dificuldade em ler fonemas , separação de sílabas . Tem algumas palavras que eu não consigo pronunciar até ouvir a pronúncia correta , se não for dessa maneira eu pronuncio errado !
Obrigada por compartilhar sua experiência conosco. A dificuldade em ler fonemas e na separação de sílabas pode estar relacionada a questões como a dislexia, que afeta a forma como processamos a leitura. Quanto à dificuldade na pronúncia de palavras, isso pode sim estar associado à dislalia, que é quando há dificuldade em articular e pronunciar certos fonemas ou palavras.
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Artigo maravilhoso, muito bem explicado. Parabéns!
Sou professora de reforço escolar, tenho aluno com distúrbio dislalia, e aqui aprendi que estou no caminho certo pra auxiliá-lo.
Obrigada por nos esclarecer sobre o assunto.
Olá, Ozana! Que bom que o artigo foi esclarecedor para você. Esperamos que seu aluno possa evoluir cada vez mais na comunicação! Postamos toda semana conteúdos novos em nosso blog, fique atenta para não perder nenhum deles!
Olá, tenho 29 anos e tenho esse problema. Omissão nos fonemas K e G. Por exemplo:
Asa = Casa / Oisa = Coisa / Ustavo = Gustavo. Você acha que pela minha idade ainda há chances de eu perder essa tal falha vocal? Isso acaba me prejudicando em falar em público e é um baita trauma quando uma pessoa percebe.
Olá!
Para podermos lhe uma resposta com convicção precisamos avaliar você, pois isso varia de acordo com o indivíduo.
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Meu filho tem 2 anos e 10 meses e tem dificuldade de pronunciar consoantes.
Na minha observação de leigo ele não apresenta falhas no céu da boca e nem na lingua, suas dentições são perfeitas e as arcadas parecem perfeitas.
Ele entende tudo o que falamos mas não consegue repetir corretamente.
Podem sugerir exercícios fonéticos para ajudar?.
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