Você sabe o que são vícios de linguagem? A fala no ambiente corporativo deve ser direta e precisa, mas alguns equívocos são bem comuns e acabam prejudicando a imagem profissional e a comunicação. Então, é essencial que você identifique se esta realidade faz parte da sua vida para modificá-la.
Além disso, a boa oratória é fundamental em eventos, como reuniões e palestras; portanto, essa competência deve ser obrigatória para os profissionais de excelência. Afinal, falar tem sido um dos requisitos mais importantes em todas as áreas de atuação.
Percebe, então, a importância de eliminarmos esse mau costume da nossa vida? Sim, se existem vícios de linguagem, é certo que há lacunas em você que precisam de ajuda especializada, porque isso não é um ponto que pode ser deixado de lado, ainda mais se estamos falando de crescimento profissional.
Neste artigo, portanto, vamos falar sobre os vícios de linguagem mais comuns, a importância da Língua Portuguesa em atuações profissionais e o poder da Oratória no currículo de uma pessoa. Você terá todas as informações de que precisa para começar a alavancar a sua carreira. Continue aqui com a gente.
A importância do Português correto
Credibilidade, confiança, motivação e outros são alguns dos vários benefícios do bom uso do Português para palestrantes e, também para todos os profissionais, de modo geral. É ótimo falar em público com naturalidade, sem repetições inadequadas, porque isso contribui para transmitir uma imagem positiva sobre o tema.
E aqui vai um alerta curioso: provavelmente você fará palestras e, então, falará para muitas pessoas que são profissionais que conhecem a Oratória e dominam a Língua Portuguesa. Em casos de repetições em finais de frases, como “né”, “tá”, “ok” e outras, você passará uma imagem de insegurança.
Outro aspecto importante é transmitir uma afirmação e não hipóteses. Então, você deve evitar determinadas expressões, como: “eu acho”, “talvez”, “gostaria” etc. Em vez disso, é importante utilizar expressões afirmativas e imperativas, porque isso passa a sensação de domínio sobre o tema abordado.
O fim de tudo isso deve ser, então, a exata transmissão da mensagem. Afinal de contas, o que aconteceria se, ao final da palestra, ninguém compreendesse o que foi dito ou conseguisse se conectar com o palestrante? Certamente, esse seria um evento frustrado. Percebe o mal que os vícios de linguagem causam?
Os vícios mais comuns
Um passo fundamental para um Português agradável, sem colocações monótonas e repetitivas é evitar os principais vícios de linguagem que ferem a boa oratória. Confira agora os mais comuns e aprenda como escapar deles, criando discursos que te destacarão positivamente.
1 – Barbarismo
- Eminente, representando algo ou alguém de suma importância, é diferente de iminente, que denota algo que está prestes a ocorrer;
- Dirigente, uma figura de comando ou líder, não deve ser confundido com diligente, caracterizando uma pessoa aplicada e ágil;
- Retificar, que envolve a correção ou emenda de algo, não deve ser confundido com ratificar, que se refere à confirmação ou comprovação de algo. Um exemplo adicional de construção equivocada seria: “os temas estão descriminados no folder”.
- A assertiva correta seria afirmar que “os temas estão discriminados no folder”. Enquanto o primeiro termo se relaciona com a inocentação de alguém ou a retirada da culpa, o segundo indica a descrição detalhada de algo.
2 – Estrangeirismo
Outro erro bastante comum é o uso exagerado de palavras estrangeiras, como “show”, “delivery” e “stress”, entre outras. Mas não se trata apenas de repetição; em casos de termos técnicos não dominados, o palestrante pode passar uma imagem de inteiro desconhecimento sobre o assunto. Isso é péssimo!
A proposta deve ser sempre de uma linguagem mais próxima da Língua Portuguesa, e então com explicações detalhadas em menções de termos estrangeiros. Isso é importante, porque dessa forma, o palestrante não perde a conexão com o seu público por uma má informação ou uma linguagem inadequada.
Sendo assim, é preciso ter em mente que os termos estrangeiros são mais bem aceitos em públicos mais técnicos, que já pratiquem esse tipo de linguagem e utilizem-na para facilitar o entendimento de rotinas de trabalho mais complexas. Fora isso, o ideal é evitar o estrangeirismo exagerado.
3 – Redundância
Esse é mais um exemplo de vícios de linguagem que acontece de forma bem sutil e, muitas vezes, passa despercebido pelas pessoas. São construções internalizadas na fala comum e que refletem uma repetição desnecessária de ideias. Veja alguns exemplos que costumamos encontrar no dia a dia:
- “elo de ligação”;
- “surpresa inesperada”;
- “ambos os dois”;
- “panorama geral”;
- “pequenos detalhes”.
A melhor forma de evitar redundâncias é construindo frases que primem por concisão, objetividade e brevidade. A ideia é eliminar o excesso e a repetição de pensamento em uma mesma fala. Por isso, não se esqueça: quanto mais simples e direto, menos chance de se equivocar no seu discurso.
4 – Gerundismo
Essa nomenclatura provém do uso inadequado do gerúndio. O vício já é conhecido como bastante irritante em atendimentos de telemarketing e você já deve ter vivenciado esse ponto em vários momentos. Veja algumas das construções mais entediantes e desagradáveis:
- “eu vou estar passando sua solicitação para o setor de cancelamento”;
- “vamos estar fazendo a transferência”;
- “vou estar te ajudando“.
Todas essas construções refletem o uso inadequado do gerúndio, que deve passar uma compreensão de continuidade sobre algo. Só quando há esse tipo de ocorrência que o uso é apropriado. Em todas as outras situações, prefira a forma conjugada ou no infinitivo.
5 – Ambiguidade
Quando o vício é a ambiguidade, a comunicação sofre duplo sentido e confunde a compreensão sobre o que realmente deveria ser transmitido. É preciso determinar com exatidão “a quem” e “ao que” está se referindo. Veja alguns exemplos comuns:
- uso inadequado de pronome possessivo: “Marta pediu a André que pegasse seu tablet” (o tablet é de Marta ou de André?). Prefira “Marta pediu a André que pegasse o tablet dela (ou o dele)”.
- uso indevido de formas nominais: “Vi o Paulo andando” (quem estava andando: eu ou o Paulo?). Prefira :“Vi o Paulo, que estava andando“ ou “Eu, quando estava andando, vi o Paulo”.
6 – Cacofonia
A palavra é originária do grego e significa som ruim. Ou seja, é um vício muito desagradável que causa uma péssima sensação no seu público. Geralmente, acontece na junção de sons entre palavras e causa sentidos inconvenientes ou mesmo obscenos. Veja alguns exemplos:
- “a boca dela era pequena” – (cadela);
- “faça por cada um” – (porcada);
- “ela tinha muita competência” – (latinha);
7 – Pleonasmo
Apesar de semelhante à redundância, pode reforçar uma ideia em construções escritas; porém, em falas, causa má impressão e irrita a audição. O objetivo é evitar repetições desnecessárias que prejudicam bastante a qualidade e o entendimento a respeito do nosso discurso. Veja alguns exemplos:
- “salve-se a si mesmo”;
- “entre para dentro”;
- “suba para cima”.
8 – Neologismo
O neologismo está relacionado a termos que ainda não foram incorporados à norma culta da Língua Portuguesa. O vício acontece a partir de lacunas sobre novos conceitos. Não caia no erro de pensar que todas as pessoas vão entender o significado simplesmente porque “está na moda”. Veja exemplos:
- “shippar”;
- “internetês”;
- “googlar”.
9 – Preciosismo
Outra construção bem chata é feita por meio de preciosismos, então, quando o orador explora muitos termos rebuscados, pensando que isso contribui para a beleza da fala. Mas, ao contrário disso, causa constrangimentos e má interpretação de várias partes do seu discurso. Alguns exemplos são:
- “deveras”;
- “destarte”;
- “rejubilante”.
10 – Plebeísmo
Esse é mais um dos vícios de linguagem que não funciona para palestrantes profissionais. Esse tipo de problema ocorre quando há excesso de gírias ou expressões populares, transformando o discurso formal em uma conversa informal entre amigos. Veja só alguns exemplos:
- “tá ligado”;
- “bagulho”;
- “bolado”.
A oratória em apresentações e palestras
Bom, agora que você já percebeu que existem muitos vícios de linguagem, sabe como podemos evitá-los de forma inteligente? Então, você vai precisar seguir algumas dicas para construir uma boa fala. E, para isso, acompanhe algumas práticas simples de aprimoramento:
- grave suas apresentações e analise a formação sonora, identificando falhas;
- foque principalmente na transmissão da mensagem, simplificando, ao máximo, a fala;
- evite repetições;
- trabalhe a projeção de voz.
Hora de estudar
O bônus deste artigo está no aprimoramento profissional. Então, isso você conseguirá em cursos especializados. E esse investimento, que talvez você acredite ser complementar, torna-se uma base crucial de aprimoramento, porque serão trabalhadas a inibição, a comunicação e a alta performance.
A partir de agora, você deverá treinar sua fala sem esses vícios de linguagem, então isso deve se tornar uma das suas prioridades na Oratória. É um exercício de autocontrole e precisa de muita disciplina e atenção. E continue trilhando um caminho de excelência em oratória e de sucesso profissional.
Aprendeu bem todos os detalhes sobre os vícios de linguagem? Então, não pare de estudar e aprender aquilo que é o correto para a construção de discursos de qualidade! Além disso, aprenda também as principais falhas na comunicação interna!
5 Comentários
Ótimos conselhos
Agradecemos pelo seu feedback positivo! ❤️
Ótimos conselhos, embora muitos falhem ao falar em público ou para este. Estou me corrigindo. Grato.
Olá, Edson! Que bom que gostou das dicas, ficamos felizes em saber disso. Fique de olho porque toda semana tem conteúdo novo por aqui!
Ótimos conselhos, embora muitos falem ao falar em público ou para este. Estou me corrigindo. Grato.