A liderança feminina vem avançando no mundo corporativo, mas ainda enfrenta barreiras culturais que impactam diretamente como as mulheres se comunicam e são interpretadas.
O tom de voz, a escolha das palavras e a linguagem corporal, muitas vezes, são julgadas de forma enviesada. Uma mulher que fala com firmeza pode ser chamada de “mandona”; se demonstra empatia, é vista como frágil; e se adota um tom cuidadoso, pode ser interpretada como insegura.
Esses estigmas da liderança feminina não apenas limitam a percepção sobre sua autoridade, assim como afetam sua autoconfiança. Por isso, a comunicação estratégica e assertiva se torna uma ferramenta essencial para romper essas distorções e afirmar, com clareza, a competência feminina nos espaços de liderança.
Desempenhar funções na alta gestão, ainda hoje exercidas predominantemente por homens, requer das mulheres uma forma especial de se posicionar. As líderes que conseguiram encontrar esse equilíbrio obtiveram resultados expressivos: financeiros e de gestão.
O estudo “Why Diversity Matters” (2015), da tradicional empresa de consultoria americana McKinsey & Company, revela que: companhias com maior diversidade de gênero apresentam até 15% mais chances de superar os resultados financeiros, em média.
Na pesquisa feita no Reino Unido em 2015, para cada 10% de aumento na diversidade de gênero em equipes executivas, o EBITDA (em português significa Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) sobe 3,5%.
Comunicação Assertiva como Diferencial Competitivo
Saber se posicionar com clareza e empatia é fundamental. A comunicação assertiva permite que as líderes expressem opiniões sem agredir, defendam projetos com segurança e estabeleçam limites de forma respeitosa.
Para aprofundar, confira nosso artigo Qual a relação entre comunicação assertiva e habilidade comunicativa
Escuta Ativa e Gestão de Conflitos
Ouvir com atenção é tão importante quanto falar bem. A escuta ativa facilita a identificação de problemas, melhora o relacionamento com a equipe e contribui para uma gestão empática fortalecendo a representatividade da liderança feminina.
Saiba mais em: Como falar melhor usando a escuta ativa
Storytelling como Ferramenta de Influência
Contar histórias com propósito cria conexão emocional e reforça valores de equipe. O storytelling autêntico transforma dados e metas em narrativas inspiradoras, engajando colaboradores e stakeholders.
Inspire-se no post O papel da comunicação na autoestima e no empoderamento das mulheres.
Presença de Palco e Autoconfiança
Postura, entonação e ritmo de fala compõem a “presença de palco”. Investir em treinamento vocal e na linguagem corporal faz com que a liderança feminina seja percebida como mais sólida e crível. Veja dicas em: Estratégias para uma comunicação de alto impacto.
Exemplos de Sucesso Motivam e Mostram Caminhos Possíveis
Luiza H. Trajano – Comunicação humanizada e escuta ativa
Presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, uma das maiores redes de varejo do Brasil (e-commerce e lojas físicas). Também fundadora do grupo de empreendedorismo social Mulheres do Brasil. Única brasileira na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo da Time em 2021.
Foca os discursos em pessoas e valores, frequentemente enfatizando escuta ativa, inclusão e união. Em entrevistas, destaca que um líder moderno precisa saber ouvir colaboradores e clientes: “Hoje, não é possível ser líder sem ouvir as pessoas, a base da empresa e os clientes e ter uma preocupação real com a diversidade e o ESG”
Tânia Cosentino – Diversidade e aprendizado contínuo
Presidente da Microsoft Brasil desde 2019, engenheira eletricista de formação, com carreira anterior em empresas de tecnologia e energia (ex-CEO da Schneider Electric Brasil).
Costuma adotar um tom didático e motivador, falando de crescimento e inovação de forma acessível. Destaca que não basta um discurso isolado sobre valores – é preciso reforçar mensagens continuamente. “É algo a ser acompanhado e estimulado todos os dias”.
Angela Ahrendts – Cultura de confiança e linguagem inspiradora
Ex-CEO da grife britânica Burberry (2006–2014) e ex-SVP (Vice-Presidente Sênior) de Varejo da Apple (2014–2019). Atualmente atua como membro de conselhos e consultora.
“Todo mundo fala em construir relacionamento com o cliente. Eu acho que você constrói é com seus empregados primeiro”. Seu foco nos discursos internos é celebrar a equipe, reforçar cultura e propósito.
O Clube da Fala oferece programas personalizados de oratória, comunicação estratégica e análise DISC voltados para liderança feminina.
As alunas aprendem a comunicar com clareza, adaptar sua linguagem a diferentes perfis e liderar com mais confiança e propósito.
“Líder não é quem manda, é quem transforma.” Esse é o mantra que conduz o trabalho do Clube da Fala com mulheres líderes.
Quer ver como isso funciona na prática?
Assista agora no nosso canal do YouTube e veja relatos reais de transformação.
Clique aqui para assistir