Na fase de preparação, tente responder, para si mesmo, estas perguntas:
- Qual é o tema?
- Qual é a finalidade?
- A quem se destina (idade, sexo, educação)?
- Quantos serão?
- O que eles sabem sobre o assunto?
- Por que eles estão aqui? Como chegaram até você?
- Onde devo ficar? Será que todos me ouvem e enxergam?
- O que eles precisam? O que eu preciso?
- Que necessidades específicas eu devo tratar?
- O que os ouvintes esperam aprender ou ouvir de mim?
- Quanto tempo dura a exposição?
- Com que recursos conto?
Reserve tempo suficiente para escrever e ensaiar, incluindo tempo para uma revisão final. Um texto para 30 minutos de discurso, por exemplo, precisa de cerca de 4.800 palavras e muitas horas de trabalho. A repetição pode ser deselegante na escrita, mas é essencial na oratória. Se você planeja usar tópicos, faça-os curtos. Você deve ser capaz de, ao ver uma simples palavra, lembrar-se de várias ideias complexas. Montar o discurso ou a apresentação a partir de tópicos é mais rápido. Resuma cada tema e reúna o material em forma denotas.
Pesquise sobre o assunto que você vai falar: Procure em uma biblioteca ou mesmo na internet. Assim você vai ter mais segurança.
Pense na mensagem: Faça um esquema com os pontos principais. Tenha certeza de que os pontos que você escolher concordam com o que você disse antes, a menos que você queira se contradizer propositadamente.
Se você estiver escrevendo sobre, digamos, política, não fale o que todo mundo espera escutar. Encontre um meio termo entre o que você quer dizer e o que o público deseja escutar.
Torne-se interessante incluindo brincadeiras, curiosidades ou histórias legais.
Escreva de forma simples e concisa.
Pratique do início ao fim.
O discurso deve estruturar-se em três partes: introdução, corpo e conclusão.
Introdução – Parte I
Revela o que vai ser dito. Um bom começo é vital para qualquer apresentação. Ela prepara o ânimo do ouvinte para receber bem o restante do discurso. O orador deverá envolver o auditório, aguçando o seu interesse e a sua curiosidade.
Uma sequência possível a seguir nesta fase pode ser:
- Apresentação pessoal.
- Comentar os pontos principais e os objetivos.
- Explicar as regras do jogo e a metodologia a seguir.
Como cativar a plateia:
- Respeito antes de tudo (pontualidade, dignidade).
- Não projete uma imagem de infalibilidade e superioridade.
- Brinque com seus defeitos, porém sem se expor. Gera um clima de maior aproximação.
- Empregue exemplos que sejam familiares ao assunto que está sendo abordado e à experiência de seus ouvintes.
- O corpo fala. Estude os sinais que a plateia lhe envia para reagir adequadamente.
Corpo – Parte II
É no desenvolvimento que a plateia perceba exatamente o que você quer passar. Para isso, o discurso deve ser simples de seguir e ter uma ordem clara e precisa.
Use suas notas, mas não fique lendo para o público. O cérebro retém pouca informação auditiva, portanto torne sua apresentação mais acessível.
Mantenha a linguagem clara, com frases curtas, ritmo suave e transição lógica entre os pontos.
Ordene os seus argumentos e se apoie em dados ou exemplos que ajudem o auditório a compreender a mensagem da exposição.
Se puder, fale sem usar anotações e se mova com confiança pelo palco. Isso acaba com o bloqueio psicológico do “subir no palanque” e torna você e sua fala mais acessíveis.
Ao falar, mantenha seu olhar no centro da plateia – a cerca de dois terços da distância entre a última fileira e o palco.
As pessoas que ouvem, em geral, tendem ater mais simpatia por você do que hostilidade, portanto, deixe que o apoio delas lhe dê confiança.
Faça contato visual e encoraje a plateia a participar; fazer perguntas gerais ou individuais funciona.
Fazer o público rir também ajuda a quebrar o gelo.
Conclusão – Parte III
A melhor forma de conseguir uma boa apresentação ou um bom discurso é terminá-lo bem. O final tem de constituir o compêndio do que foi dito incluindo, na maioria dos casos, os seguintes elementos:
- Faça um breve resumo do conteúdo principal.
- Faça um apelo à ação.
- Faça um agradecimento sincero.
- Conte uma história interessante, bem humorada e adequada ao tema.
- Faça uma boa citação.
- Arranje uma frase de efeito.
- Esclareça as dúvidas da plateia
Não diga: “Por hoje é só” ou “Era isso que eu queria dizer”. Despeça-se dizendo “Muito obrigado pela atenção e boa tarde a todos” ou algo na mesma linha. O interesse esfria e congela-se, quando o orador não sabe como terminar, ou termina de qualquer jeito. Toda a apresentação precisa de um clímax e você deve prepará- lo com o mesmo cuidado com que procura as primeiras palavras. A primeira impressão é a que vale, mas é a última impressão a que fica.
Cuidados e recomendações nas Apresentações
Numa apresentação, de modo geral, deve-se levar em consideração:
- Fale devagar, pausadamente, articulando as palavras e marcando as sílabas tônicas.
- Não coloque as mãos nos bolsos, não cruze os braços e não coloque os braços para trás.
- Utilize a linguagem do corpo, gesticulando da forma adequada com os braços na altura da linha da cintura e as palmas das mãos abertas, indicando “abertura”.
- Não passe pela frente do Datashow.
- Não leia a apresentação.
- Decore os primeiros slides, pois o nervosismo é maior nos primeiros minutos.
- Faça a plateia pensar.
- Pergunte, interaja com a plateia, questionando-a.
- Não fale sempre no mesmo tom. Use a entonação e projeção vocal.
- Crie empatia com o público.
- Faça testes antes da apresentação.
- Verifique antecipadamente se a sala e os equipamentos estão OK.
- Obtenha feedback através das expressões dos ouvintes.
- Avalie as críticas e melhore a apresentação.
- Use exemplos reais, não abstratos. Os provérbios são bons, dizem os autores, em reduzir conceitos abstratos à língua concreta, simples.
- Estatísticas e números não são suficientes.
- Ter parceiros conhecidos ou grandes clientes, ajuda a criar credibilidade.
- A aparência do palestrante é importante para a credibilidade. Cuidado com a forma de se vestir.
- As pessoas são seres emocionais. Use emoção.
Existem muitas formas de levar emoção através de conteúdo: imagens, citações, palavras, texto, gráficos, vídeo, som, etc.
É através das histórias que as pessoas se comunicam. Nós: ensinamos, aprendemos e crescemos através das histórias.
Histórias chamam nossa atenção e são mais fáceis de lembrar do que listas der regras.