Nos dias atuais, tão difícil quanto evoluir profissionalmente é manter-se empregado. Essa tem sido uma dinâmica bastante complicada e que exige de todos os profissionais a necessidade de estarem sempre atuantes e dispostos a crescer. Mesmo assim, há momentos em que a demissão é inevitável.
E, quando chega esse momento, é fato que se trata de uma situação que não é cômoda nem para os colaboradores, nem para os gestores. Ainda que não haja vínculos mais profundos entre ambos, fazer uma comunicação satisfatória nessas circunstâncias requer alguns detalhes que são essenciais.
Desta forma, hoje vamos conversar sobre o processo de demissão e sobre todo o contexto que envolve este momento. Como os gestores devem se portar quando precisam falar para o colaborador que ele será desligado? Realmente é essencial ter empatia e cuidados com a maneira de fazer essa abordagem?
Para dar ainda mais utilidade para este conteúdo, selecionamos cinco dicas essenciais para que você aja da melhor maneira possível no momento da demissão de algum dos seus colaboradores. Continue acompanhando aqui com a gente.
Qual o panorama atual do mercado de trabalho no Brasil?
É importante que estejamos sempre atentos ao mercado de trabalho brasileiro. Os altos e baixos da economia, a valorização (ou não) de nossa moeda, as questões sanitárias, entre tantas outras, têm participação preponderante nas oportunidades de emprego que são oferecidas pelas empresas.
De acordo com um relatório atual disponibilizado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), é provável que ocorra uma desaceleração da economia em 2023. Sendo assim, a tendência é que haja uma diminuição na queda do desemprego.
Em outras palavras, espera-se que aconteça um aumento do número de colaboradores que serão desligados de seus cargos. Além disso, também se espera que a taxa relativa ao oferecimento de empregos cresça apenas o equivalente a 1% neste ano, quando comparada com 2022.
Com isso, uma consequência natural deste quadro é que os gestores terão que se preparar para realizar demissões. Para isto, a comunicação precisa ser vista e encarada de maneira assertiva, pois é esta a ferramenta que tende a amenizar um pouco os danos que um desligamento causa na vida das pessoas.
Principais causas de demissão no Brasil
São muitos os motivos que têm levado as empresas a demitirem alguns de seus colaboradores. Esses pontos vão desde motivações da economia a fatores relacionados ao desempenho do profissional no exercício de suas funções. Os avanços tecnológicos e a pandemia também fazem parte deste grupo.
Selecionamos alguns aqui para você:
CRISE FINANCEIRA
Como mencionado anteriormente, a desaceleração da economia tende a gerar uma estagnação nas ofertas de trabalho e uma diminuição da queda do desemprego. Com isso, os dados atuais sugerem aumento de demissão e crescimento dos empregos informais.
PANDEMIA DO COVID-19
O auge da pandemia gerou uma taxa muito grande de demissões e também de falências. Porém, mesmo que “a vida esteja voltando ao normal”, ainda existem resquícios de todos os problemas que alcançaram grande parte da população.
Neste contexto, o home office também ganhou corpo e diversas empresas desenvolveram formatos que realmente deram certo. Desta forma, mesmo com a vacinação e o fim do isolamento, as taxas de emprego não aumentaram sensivelmente.
Os dois exemplos dados acima indicam fatores econômicos, sociais e sanitários. Todavia, existem causas de desemprego que são motivadas pelos próprios colaboradores e pela atuação deles no exercício de suas funções diárias na corporação.
Para exemplificar, vamos tomar por base uma pesquisa realizada pela consultoria Robert Half. De acordo com ela, os principais motivos que geram demissões no Brasil são:
BAIXO DESEMPENHO
As empresas costumam acompanhar de perto a atuação de seus colaboradores e aquilo que eles entregam mês a mês. Os gestores têm – também – a missão de avaliar as suas equipes. Por isso, quedas de desempenho, metas não entregues e falta de proatividade são sempre consideradas.
FALTA DE ADEQUAÇÃO À CULTURA DA EMPRESA
Existem diversos exemplos de profissionais que escolhem e se candidatam a vagas em uma empresa baseada somente no cargo e nos salários oferecidos. Quando somente isso é levado em conta, uma grande possibilidade é que estes colaboradores não se adequem à cultura da corporação.
Sendo assim, são criados grandes desencontros, pois o colaborador não quer (ou não consegue) se adequar à maneira de ser da empresa em que atua. Isso piora o desempenho, impede a evolução e, consequentemente, as metas não são alcançadas.
RELACIONAMENTO RUIM COM A EQUIPE DE TRABALHO
O bom relacionamento gera frutos muito positivos, tanto para a empresa quanto para cada colaborador. Desta forma, quando há um comportamento saudável, as equipes trabalham em sintonia e os problemas são resolvidos de maneira mais simples.
Todavia, quando o colaborador não possui jogo de cintura para lidar com diferentes pessoas, ou ainda não possui equilíbrio emocional e não apresenta um lado colaborativo em suas ações, a tendência é que este profissional tenha muitos problemas de relacionamento.
ATRASOS E FALTAS
Estes dois pontos influenciam diretamente nos resultados alcançados mensalmente pelo colaborador. Quanto mais ele se ausentar do trabalho, menos tempo terá para exercer as suas funções e realizar as entregas que são esperadas para a função que desempenha.
Além disso, esses desencontros e comportamentos inadequados acabam gerando desmotivação, revolta e um péssimo ambiente para toda a equipe de trabalho. Quando o colaborador não entende que o trabalho dele influencia nas entregas dos outros, um impasse é instalado na equipe.
RELACIONAMENTO RUIM COM O SUPERIOR
Relacionar-se bem com os superiores hierárquicos de uma empresa é muito mais que uma obrigação; é uma atitude que gera um ambiente saudável para o exercício do trabalho. Sendo assim, é uma missão ter respeito pelos gestores e procurar o melhor entendimento com eles.
Além disso, é importante mencionar que os colaboradores devem procurar ter empatia para com os gestores. Isso os ajudará a entender determinadas decisões e posicionamentos da empresa. E, por fim, o ideal é que haja respeito mútuo para que a convivência seja propícia para a execução do trabalho.
Por que é tão importante saber o que falar no momento da demissão?
A demissão é um momento bastante delicado não somente para o colaborador. Os gestores também têm a obrigação de saber fazer essa abordagem da forma correta, em especial porque não estão tratando de números ou metas, mas sim de pessoas.
Desta forma, o que mais se espera é que a Oratória dos gestores seja a melhor possível. A arte de falar bem, de ter empatia e saber se colocar no lugar de alguém que está sendo demitido, a segurança e a confiança compartilhada com a comunicação devem estar solidificadas no discurso empregado.
O respeito para com o profissional que está sendo demitido é um ponto que não pode ser nunca esquecido. Além disso, a prática de empatia por parte do gestor ou do profissional de RH garantirá que ele não colabore ainda mais com a queda do colaborador (é fato que ser demitido atinge a autoestima da pessoa).
Por este motivo, selecionamos cinco dicas essenciais para que a comunicação de uma demissão seja feita de maneira respeitosa e com uma efetividade capaz de dar ao colaborador desligado um norte para que siga o seu caminho profissional. Acompanhe tudo a seguir.
Cinco dicas de comunicação em uma demissão
Como você já leu anteriormente, toda demissão traz consigo uma carga bastante pesada para todos os envolvidos. Por este motivo, é fundamental que haja jogo de cintura, empatia, equilíbrio emocional e uma comunicação direcionada para o aspecto profissional, sem nenhum demérito para o colaborador.
DICA 1 – DESENVOLVA UMA COMUNICAÇÃO EMPÁTICA
Antes de qualquer coisa, o respeito para com a pessoa a ser demitida deve estar em primeiro lugar. Por este motivo, a empatia é um traço que precisa estar sempre presente nestes momentos em que o desligamento é comunicado para o profissional.
Seja o gestor ou o profissional de RH, estes devem ter em mente que é mais do que natural se sentir mal no momento em que se percebe que haverá uma diminuição de renda ou que não será mais possível atuar em uma função. O lado humano deve ser considerado na demissão.
DICA 2 – SEJA CLARO E OBJETIVO QUANTO AOS MOTIVOS DA DEMISSÃO
A clareza e a objetividade são fundamentais no momento de uma demissão. Isso se explica porque é mais do que natural um colaborador questionar o porquê de ele estar sendo demitido, quais foram as falhas cometidas e se houve pouca qualidade nas funções desenvolvidas.
Sendo assim, é importante não deixar dúvidas quanto aos motivos que geraram o desligamento. Para isto, evite rodeios, não deixe nenhum ponto sem explicação e seja coerente com as suas colocações. Isso mostrará respeito para com o profissional e também zelará pela imagem da empresa.
DICA 3 – COMUNIQUE DIFERENCIANDO O LADO PESSOAL DO PROFISSIONAL
É bastante comum que o lado pessoal e o profissional se confundam nos relacionamentos diários dentro de uma empresa. E, principalmente no momento em que ocorre uma demissão, o emocional abalado tende a gerar um conflito ainda maior.
Sendo assim, tome muito cuidado com isso e não esqueça de deixar clara a separação. As motivações precisam ser baseadas apenas no âmbito profissional. Desse modo, baseie-se em dados e em metas não alcançadas para justificar a sua fala.
DICA 4 – ESTABELEÇA UMA COMUNICAÇÃO CARA A CARA
Todo desligamento é uma tarefa bastante delicada. Por isso, o ideal é que a comunicação desta decisão seja feita de maneira presencial. Além de respeitoso, evita-se a possibilidade de ruídos que uma comunicação, por exemplo, feita por e-mail pode causar.
O tom de voz, o olho no olho e o detalhamento de todos os motivos darão bastante credibilidade para o momento de demissão. Lembre-se: você não está “se livrando” de uma pessoa; está apenas a desligando do cargo. O aspecto pessoal tem bastante peso nisso, ainda que estejamos falando de profissão.
DICA 5 – DÊ FEEDBACKS CONSTRUTIVOS
Mesmo em uma situação tão delicada como uma demissão, é possível tirar bons aprendizados para que a sequência profissional seja melhor e com mais êxitos. Desta forma, o feedback dado pelo gestor ou pelo profissional de RH deve ser construtivo e voltado para o aprendizado.
Sendo assim, reflita junto com o colaborador que está sendo desligado, enalteça de maneira sincera as qualidades e as conquistas alcançadas e procure listar os pontos que precisam e podem ser melhorados. Essa atitude ajudará na autoestima e no futuro profissional daquela pessoa.
Quem pode te ajudar a se comunicar bem em momentos como o de uma demissão?
Empatia, segurança, equilíbrio emocional, credibilidade, tom de voz, comunicação verbal e não verbal: esses são alguns pontos essenciais para a comunicação em todos os momentos; em especial, nas demissões de colaboradores.
Por isso, o grande gestor ou profissional de RH que conhece a importância em saber lidar com o sentimento das pessoas investe em Oratória. Sim, a arte de falar com qualidade é uma ferramenta indispensável para uma convivência saudável e para manter a boa imagem de uma empresa.
É por isso que o Clube da Fala não para de receber alunos que buscam aprender as melhores práticas para lidar com o fator humano e para se comunicar em diferentes situações. Cada curso oferecido é pensado e formatado de maneira personalizada.
Desta forma, cada aluno consegue desenvolver as suas potencialidades e cuidar de maneira detalhada das fraquezas na comunicação. Consequentemente, aqueles que fazem os cursos do Clube se tornam muito mais preparados para as mais diversas situações em que precisam se comunicar assertivamente e serem bem interpretados.
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Agora que você já conhece a importância de realizar comunicações efetivas em momentos difíceis como uma demissão, é hora de entrar em contato com o Clube da Fala para começar imediatamente a sua evolução na arte de falar bem para todas as pessoas.
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